segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Etapa 29 ( Final ) Huhuuuu!!! - Pedrouzo - Santiago Compostela

Hoje acordei sem relógio, pois o que trouxe para cá entrou agua e parou de funcionar. Assim que abri os olhos levantei e nem sabia que horas eram, só sei que era bem cedo pois todos ainda estavam dormindo.


Tinha 18 kms para fazer hoje e terminar o meu caminho. Santiago estava logo ali.

Saí do albergue e vi que estava muito escuro. Peguei a minha lanterninha de 1 led apenas e me enfiei no caminho. Na primeira hora vi que seria difícil andar, pois o caminho começou numa floresta muito escura, onde o que apenas se via era o céu muito, mas muito estrelado. sinceramente não recordo de ver um céu tão estrelado assim na minha vida. Estava muito lindo.

Me concentrava muito em ver se perdia alguma seta, pois poderia botar o meu plano de chegar na missa de 12hs em Santiago por agua abaixo.

Quando clareou fiquei mais a vontade e comecei a impor um ritmo mais forte. Era impossível andar como andavam os Turisgrinos ( Os espanhóis que andam somente os 100 últimos kms e fazem o caminho sem mochila ).

Quando cheguei no Monte do Gozo vi que já estava muito perto e foi muito emocionante ver Santiago de longe.

Desci o monte do Gozo cantando uma música que havia escolhido para este momento, assim como a tradição manda, e soltei a voz. Havia um alemão na minha frente que até se assustou..rsrs.

A entrada de Santiago foi meio desgastante, tanto pelo longo trecho dentro da cidade, no meio dos sinais , carros e gente, assim como pela ansiedade de chegar logo à Santiago.

Chegando na cidade lembrei que para entrar na missa teria que deixar minha mochila no albergue e ir para a Catedral. Vi a indicação do albergue do seminário menor e fui crrendo para deixar minha mochila e ir correndo para a missa e tera esperança de ver o Botafumeiro funcionando.

A cidade estava lotada. Não era para menos era domingo e todo o tipo de turista estava lá. Perguntei para um dos padres se teria o botafumeiro e ele disse que não pois a catedral estava em reforma para a visita do Papa no dia 6 de Novembro. Fiquei meio decepcionado, mas nada que me tirasse a alegria de estar ali na missa dos peregrinos e assistir uma belissíma missa.

Encontrei o Paulo Roberto e o mexicano e mais ninguém. Fiquei de decidir se ficaria no albergue que havia escolhido de principio ou outros pela cidade, ma o preço de 10 Euros estava excelente, a única coisa ruim seria ter que voltar ás 24 hs pois senão dormiria na rua.

Como estava com muita fome decidi comer alguma coisa e ficar nele mesmo. Para minha surpresa encontrei o Daniel ( Alemão que andou anteontem comigo),o Dani (Irlandês), Luppert ( Holandês que decidiu que irá virar padre). Combinamos de sair pra comemorar a chegada em Santiago. Fomos num bar super maneiro com todo o tipo de cerveja e música celta rolando. Foi dez!

O ruim que tivemos que terminar a noite á meia-noite.

Decidi ficar amanhã em Santiago para assistir novamente a missa do peregrino, encontrar todos os amigos que fiz pelo caminho e fazer o que manda a tradição: Abraçar o Busto de Santiago e visitar o sepulcro dele. Decidi também que irei a Finisterre á pé, o que dá cerca de mais 90 kms que farei em três dias. Conversei com uma espanhola e ela disse em tom de brincadeira que a peregrinação era até Santiago e o caminho de Finisterre era diversão. Então tô nessa. Lá também temos a tradição de queimar alguma roupa e ver o sol se por no mar.

Quero agradecer a todos que me acompanharam e me deixaram mensagens que com certeza levarei para sempre em minha vida. Obrigado ao meu pai, minha mãe, minha irmã, Anne, Jú, Monique, Sérgio Mariano, Ilma, Alexandra, Solange, Daniel e por aí vai.. Desculpa se me esqueci de alguém.

Com certeza vi que é muito difícil descrever tudo o que passou comigo no caminho, somente estando aqui para sentir. Aqui é como na nossa vida, nunca podemos desistir de querer viver e ser feliz, com certeza sempre teremos desencontros, pedras, grandes ou pequenos problemas mas sempre é importante seguir em frente com fé e amor, nos outros e principalmente em você. Vi que o meu melhor companheiro era eu mesmo, e isso é transformador. Concordo com o meu guia do caminho, sérgio Mariano, o Caminho ainda me mostrará muito, mesmo após terminá-lo.

Um Abraço a todos e obrigado a Deus por ter me proporcionado tudo o que vivi até aqui.

domingo, 17 de outubro de 2010

Etapa 28 - Melide - Pedrouzo ( Arca )

Saí pro caminho ás 6:00hs da manhã. Tudo ainda estava muito escuro, noite. Usei a minha lanterna para poder ver as setas no meio da escuridão. A saída de Melide é meio assustadora, pensei se fosse no Rio com certeza teria um malandro pra me assaltar. A experiência de andar á noite foi muito boa, céu estrelado e ninguém no caminho, só você.

No começo é sempre muito bom, pés e músculos renovados, tudo de bom. Na saída de Melide vi um indicador de quilometragem até Santiago onde marcava 50 kms, falta muito pouco.

A trilha passou muito pelo meio do campo e florestas, muitas paisagens bonitas. Passei também, por duas vezes, por vacas que pelo que vi tinham mais medo que eu. Eram enormes e numa hora fiquei receioso em passar mas num único passo já abriram caminho pra mim.

Cheguei em Arzua ás 10:24hs. Já tinha andado 13,6kms e tinha que ter força para seguir em frente, pois ainda faltavam 18 kms até 18 kms até Arca.

Parei para fazer um lanche no povoado seguinte e vi que hoje seria meio complicado até o final, pois meus pés estãoficandomuito doloridos após algumas poucas horas de caminhada , acho que é normal né.

Segui em frente mas até esquentarem de novo, doíam muito. Minhas costas estão doendo muito , acho que deve ser por causa da mochila.

Durante a `` penitência`` , pensei diversas vezes no Gabriel, de quando o fui ver naquela fatidica quarta-feira, dele rindo pra mim, e de outras cenas que não desejo relebrar mais. Vi que sofremos tanto aqui na terra e não sei se é bom ou ruim um dia isso acaba. Rezei muito para ele hoje.

Aqui no caminho, quando faltam 100kms para o termino é muito comum ver famílias interias fazendo o caminho ou espanhóis que tiram 4 dias de folga para fazer o caminho, pois consegue-se a compostela (o certificado do caminho) fazendo esta quilometragem, mas acho isso um pouco injusto com nós peregrinos de verdade.

Chaguei em Arca ás 15 hs depois de muita luta com o meu corpo e mente. Passei pela última plca indicando 18 kms ... Amanhã chego em Santiago!!!!!

Etapa 27 - hospital de la cruz - Melide

A noite foi para mim a melhor e mais bem dormida de todo o caminho. O colchão era excelente e a calefação me fez lembrar do calor do Rio.


A temperatura pela manhã devia estar perto dos 5 graus, com certeza, e foi bem dificil começar a andar. Até se esquentar demorou um tempinho.


Hoje ás 10 hs a nevoa já tinha se dissipado e o tempo estava totalmente sem nuvens e com um sol lindo. Toda a trilha trancorreu paralelo a uma estrada de asfalto.

E tive alguns insights do caminho. Aqui é um intensivo da vida e nos ensina a fazermos o que podemos, sempre respeitando os nossos limites e a nossa capacidade. Infelizmente nem sempre o que planejamos. Pedras, tempo ruim, pessoas que não nos dão valor, isso tudo tem aqui também, mas temos a necessidade de sermos confiantes no dia que começará, pois os kms precisarão ser vencidos, sejam mais ou menos, mas alguns terão que ser deixados para trás.

Parei as 12:40 hs para comer numa praça de Palas del Rei, reabasteci as forças e segui em frente para Melide que estava a mais de 15 kms de distancia dali. Hoje toda a etapa fiz com o Daniel, e foi bom porque conversamos o tempo todo e a quilometragem passou rápida.

Chegamos em Melide ás 17hs e para nossa surpresa o albergue, de 130 camas, estava lotado. Descobrimos depois que uma ala estava interditada e todos creem que deveria estar infestada de chinches.

A solução foi procurar outro lugar para dormir e nessas horas a cidade dá um jeito para os peregrinos. Dormi numa espécia de galpão polideportivo, com uma ala de beliches, banheiro, cozinha, etc... Acho que deve servir para casos extremos para a população. Foi tranquilo, tanto pelo lugar, muito limpo com uma ducha bem quente e também pelo preço: 3 Euros. Nada mal.

Conheci dois casais de espanhóis, que pelas brincadeiras sacanas. parecem brasileiros. Eles me recomendaram comer o Pulpo Galego (Polvo) aqui em Melide, na casa Ezequiel, uma das melhores pulperias daqui. Estava delicioso e de prache todos os peregrinos estavam lá para experimentar o tal pulpo.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Etapa 26 - Triacastela - Sarria

Triacastela vai deixar saudade, não pela cidade que não tinha nada ( rs) mas pelo jantar que fizemos ontem a noite. Ficamos num albergue construído numa casa tipica galega e o ambiente, as pessoas e o jantar feito por uma italiana foi tudo o que fez não me esquecer mais desse dia.
Aqui não importa quão duro foi a caminhada e sim os momentos que passamos com nós mesmos e com os outros peregrinos. Foi sensacional.
Comecei o caminho e vi que seria muito bonito, pois o verde aqui em Galícia é mais verde do que o próprio verde. Ontem ao falar com a hospitaleira ela nos recomendou que pegassemos o caminho por San Xii, pois definitivamente seria o melhor caminho, e foi.
Passei por diversas cidadezinhas tipicamente galegas, com cheiro de campo e onde a vida pacifica reina dia a dia , sem muitas mudanças, exceto pelos peregrinos que passam dia a dia por elas.
Até San Xii a trilha subiu bastante mas nada demais depois de tudo que subi foi tranquilo.
As cidades não tinham muita coisa para se ver como igrejas e monumentos.
Resolvi ficar em Sarria pois não seria muito tempo caminhando e porque há o monastério de Sarria parase ver que é muito bonito.
Parei no albegue municipal e conheci duas hospitaleiras voluntárias uma da Letonia e outra da Hungria, fiz amizade com elas e quando perguntei sobre não ter nada na cozinha para cozinhar tipo panelas, ou pratos elas se prontificaram a arranjar tudo e pediu para que pudessem participar do jantar conosco, pois o menu do peregrino , definitavamente não tem mais condição.
Creio que no dia 17 já chego em Santiago.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Etapa 25 - Cebreiro - Triacastela

Dia 12 de Outubro de 2010


Não tive pressa em acordar e acho que fui o último a sair propositalmente do albergue, isto principalmente porque estava um frio danado lá fora e fiquei com medo de pegar a trilha no escuro.


Bosque Cebreiro

Tomei o meu café e comecei a descer e a subir também, pois até começar a descida forte teriam várias subidas e descidas. Cheguei até o Alto de San Roque e comtemplei a linda escultura feita de um peregrino. Até aí a trilha estava toda dentro da névoa e com uma cara de filme de terror.

Alto San Roque -  Os dois peregrinos..rsrs

O tempo hoje estava muito aberto, com um lindo sol. Logo alcancei o alto do Poio, com uma altitude de 1337 mts, assim como o Cebreiro. Após isto começou a descida não tão forte até Biduedo e após, uma forte descida interminável de terra batida e com várias pedras soltas. Chegou uma hora que parei pois minhas pernas estavam bambas e nessa hora passou uma espanhola a todo vapor gritando Animo.
A descida

Parei na cidade de triacastela, pois segundo o meu guia, a etapa de hoje chegava até Sarria, totalizando 38 kms. Achei muito e resolvi dividir-la em duas de 19kms hoje e 18 amanhã até Sarria. Hoje faltam 134 kms.

Etapa 24 - Villafranca del Bierzo - Cebreiro

Saí ainda na escuridão e queria pegar a trilha pela floresta até Trabadelo, a segunda cidade, mas caí na trilha pela rodovia e resolvi não voltar para a cidade para pegar a outra. Cheguei bem cedo em Pereje, 7 kms de Vilafranca, onde alguns amigos peregrinos resolveram dormir ontem para amenizar a etapa de hoje, que é de pura subida.Aproveitei para tomar um café reforçado e continuar a caminhada. Levei 4 horas para chegar até Vega de Valcarce, a última cidade grande antes do Cebreiro e resolvi me precaver quanto à comida, comprei o jantar de hoje e o café de amanhã.Achei nessa cidade também uma padaria artesanal e comi ali o que seria o meu almoço, empanada e Suco de Laranja.

Tento não ser repetitivo, mas é impossível: O caminho de hoje foi maravilhoso !! Parecia que estava num filme do Senhor dos Anéis, na terra dos Hobbits (os duendes da floresta), principalmente em La Faba, onde todo o verde dava o toque.
La Faba

Após me extasiar com toda a beleza do lugar, começou pouco a pouco o sofrimento: A subida.

E que subida! Parecia que estava subindo a cachoeira da Feiticeira em Ilha Grande, só que agora estava com 9kgs nas costas, o que dificulta bastante.

A cada hora que olhava, estava mais alto na trilha e subiria assim até que chegasse aos 1300 mts. Quando cheguei a uma cidade chamada Laguna de Castilha fiquei todo feliz, pois já estava morto de subir. Quando olho para uma das placas indicativas vejo que faltava ainda 2 kms. Precisava de alguma coisa que não fosse agua para beber e acabei me fortalecendo com um isotônico chamado Aquarius, que todos os peregrinos, acredito eu, já beberam alguma vez.

Juntei forças e me pus a subir de novo, Já eram 15hs e o tempo começou a mudar para uma nevoa muito forte. Era um bom sinal, estava perto do Cebreiro. Quando a avistei fiquei aliviado, pois já estava morrendo de medo de o tempo virar em chuva e ter que me adaptar todo para isso.

Chegada no Cebreiro


O cebreiro é uma cidade inacreditável, onde existem as tradicionais palhoças, casas feitas de pedra com telhado de palha, de origem Celta. A cidade pelo que vejo, e pelo que já escutei sobre ela, sempre está coberta por uma densa névoa, que dá um toque misterioso ao lugar. Reza a história que aqui foi o primeiro lugar onde existiu a acolhida dos peregrinos Rumo a Santiago, em 1072. Aqui também possui um milagre, dizem que por volta de 1300, um senhor subiu em plena tempestade para assistir à missa no lugar, o sacerdote por sua vez, que não estava tão motivado para fazer a missa, não deu o devido valor ao pobre católico e disse murmurando " Aì vem este pobre no meio da tempestade para ver um pouco de páo e de vinho" , na hora da consagraçäo o vinho virou sangue e a hóstia, carne. Na igreja ainda está o cálice onde houve o milagre e que o chamam de Santo Graal.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Etapa 23 - Ponferrada - Villafranca del Bierzo

Hoje este percurso seria de 23 kms e com um trajeto plano. Estou tentando intercalar as quilometragens para descanso dos pés, pois não há como fazer uma caminhada longa e no dia seguinte repetir.


A saída de Ponferrada passou novamente pelo castelo e pude admirar o tamanho da obra, um grande castelo como nos filmes medievais, onde viveram os cavaleiros templários que aqui cuidavam da segurança dos peregrinos no século XII. Naquela epoca também existiam ladrões.



Hoje andei num ritmo bom, sem parar muito pois quando paro meus pés ficam intocaveis quando esfriam e preciso manter-los quentes e funcionando..rs

No caminho encontrei dois italianos que fiz amizade e disseram que não parariam em Villafranca e que seguiriam até a próxima cidade após villafranca, mais 7 kms. Me disseram que queriam fazer amanhã somente 23 kms pois seria a subida do Cebreiro, um trajeto que sai de 600 mts para 1300mts, onde esta cidade está no topo. Até concerdei com a lógica mas meus pés me diziam o contrário. Mais 7 kms seriam muito para mim hoje e preferi sofrer tudo amanhã.

A paisagem de hoje foi muito bonita com muito verde e lindas parreiras , pois aqui também é um local produtor de vinho, chamado El Bierzo. O tempo também ajudou, com um lindo sol e até um pouco de calor.

Chegando em Villafranca fiquei no albergue Municipal, com 100 camas, e assim que terminei de lavar o que precisava fui para a cidade para conhecer os principais monumentos da cidade. Quando cheguei na praça principal vi uns peregrinos reunidos num bar, entre eles estavam o Holandês que veio de sua casa até aqui ( já andou 2600 kms), José (Madrid) e conheci novas pessoas um alemão que não lembro o nome e um senhor que veio de cadeira de rodas adaptada desde uma cidade da alemanha. Ele está pedalando desde Abril. Ficamos ali bebendo cerveja e conversando sobre tudo. Como havia Wi-fi atualizei o blog. Combinamos de fazer o jantar juntos.

Acabei não visitando nada hoje, mas as experiências pessoais que conheci hoje não tiveram preço. É nessa hora que vemos do que somos capazes.

Hoje faltam apenas 200 kms para chegar até Santiago. Quem diria que eu chegaria até aqui, pois não consegui me preparar no Rio, apenas subi 3 vezes a Mesa do Imperador(6kms) e me sentia um pouco rendido quanto à parte fisica. Mas estou aqui, já sentindo um frio na barriga por saber que isto daqui há 8 dias irá acabar.

domingo, 10 de outubro de 2010

Etapa 22 - Rabanal del Camino - Ponferrada

Hoje a caminhada seria cansativa, pois A penúltima grande subida do caminho seria hoje: A cruz de Ferro. Um monumento fincado a aproximadamente 1500 metros e onde reza o hábito de deixar uma pedra, levada de seu País, onde você faz um pedido do que quer deixar ali. Pode ser uma melhora no seu Eu, ou um pedido de alguma coisa que queira que aconteça. Dizem que a pedra representa o peso que carregamos na nossa vida. Bom, deixei a minha.rsrs


Comecei ás 08:00hs e quando saí do albergue vi que hoje além de cansativa seria chata, pois estava caíndo um pé dágua daqueles, que até hoje no caminho não vi igual. Me lembrei logo da calça impermeável que despachei pelo correio para Santiago, como seria útil hoje. Acabei usando a calça de todos os dias e foi tudo bem.

Conheci a cidade fantasma de Foncebadón, onde moram apenas 5 pessoas no total. Ocaminho foi muito bonito, com trilhas no meio da floresta e a paisagem mudando a cada passo que era dado.

Foncebadon

Cheguei à Cruz de Ferro e deixei a minha pedra, com um pedido em especial e fiz uma oração pedindo muita proteçao a todos no Brasil de quem amo. Foi muito emocionante e bonito pois a paisagem lá de cima era maravilhosa.


Cruz de Ferro

Na descida conheci o Tomaz, um senhor que afirma ser um dos últimos templários, e que possui em Manjarin, um albergue ou sua casa onde oferece café, chá e biscoitos aos peregrinos que passam por lá. em carater de donativos.

Casa do templário

Após Manjarin preparei a minha mente para encarar 16 kms de descida. E como foi bom me preparar mentalmente, pois a descida era de muitas pedras soltas e tinha que ter muita paciência e cuidado, pois qualquer vacilo era fácil torcer o pé.

De longe era possível ver Ponferrada, mas como ainda estava longe, foi um exercício de paciencia a té chegar lá.

No meio do caminho fiquei super admirado com Molinaseca. Uma cidadezinha linda, tudo muito organizado e jeitoso, me lembrou um pouco de San Jean.

Cheguei em Ponferrada por volta das 16hs, com os pés explodindo de dor, mas ainda separei forças para visitar o castelo dos Templários onde viveram por dois séculos.
 

Etapa 22 - Astorga - Rabanal del Camino

Hoje a programação foi de fazer 20 kms entre Astorga e Rabanal para descansar um pouco os pés dos dois dias de 30 kms que andei.


Ficamos no albergue paroquial servas de Maria, fomos muito bem recebidos mas pela primeira vez em toda a viagem fiquei preocupado com a segurança, pois como a internet era liberada fui no computador e não funcionava pois havia sido roubado naquele dia o adaptador de wireless, até aí tudo bem, até que de repente uma peregrina disse que haviam roubado tudo dela, dinheiro, passaporte , etc. Fiquei muito preocupado e dormi com mais atenção com as coisas valiosas.

O caminho todo hoje foi por andadeiros, como dizem aqui que são feitos para os peregrinos. Estava muito fácil hoje, sem declives ou aclives e graças a Deus a paisagem começou a mudar de cinza para verde, muito verde.
Trilha e a cerca com as cruzes
Passei por uma cerca onde os peregrinos colocam orações, fotos e cruzes, muitas cruzes, feitas com galhos pegos na floresta. Deixei a minha lá.

Os companheiros Brasileiros queriam fazer cerca de 30 kms pois tinham que acelerar o passo para chegar em Santiago no dia 18. Como não tenho pressa, somente os aconselhei a não correr agora pois se adiantassem alguma coisa hoje teriam que sacrificar muito o corpo na longa subida da cruz de ferro, mas como o caminho é de cada um não há muito o que aconselhar. Só acho que para uma pessoa de 80 anos adiantar quilometragem nesta hora do caminho não é muito de bom senso.

Hoje me separei de todos eles, lhes desejando muito boa sorte e um bom caminho.
Catedral de Astorga

Cheguei em Astorgas e fiquei maravilhado com a cidade e as igrejas, e principalmente com o castelo de Gaudi.
Palacio de Gaudi e Eu...
Como não podeira deixar de provar comi o famos cozido maragato. O Dono do restaurante ficou nosso amigo e nos divertimos bastante com ele e ele com a gente.

Lourenzo e eu.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Etapa 21 - Villar de Mazarife - Astorga

Dia 07 de Outubro de 2010

Acordei no susto ás 07:30 hs e fui correndo tomar café e descobri que não dá para dormir com o saco de dormir, pois é muito apertado para os pés e preciso relaxar-los. Acho até que a dor que eu estava sentindo era por causa dele também pois eles ficavam numa posição muito desconfortável. Abri ele inteiro e dormi que foi uma beleza.

Hoje o tempo estava bom e com sol o tempo todo. Graças a Deus que a paisagem começou a mudar para bosques e pequenas subidas.

As pernas estavam excelentes hoje e eram para estar pois seriam 32 kms hoje até Astorga.

Saí do caminho alternativo, aquele inferno, e encontrei novamente com o real caminho francês, mais especificamente na ponte de Orbigo , onde segundo a história em 1434, DonSuero, um cavaleiro do Rei Juan II, desafiou todos os cavaleiros que quisessem lutar com ele, com o intuito de ganhar a admiração de uma moça. Foram mais de 727 corridas de cavalo, onde 60 cavaleiros vindos de diversas partes da Europa o desafiaram e quem ousasse cruzar a ponte seria considerado corvarde. Um ano depois ele se casou com a dama desejada.

Ponte de Orbigo
 A trilha mudou e começu a entrar por dentro de um bosque muito bonito, coisa que não via há tempo. Muito bonito tirei até foto com uma estatua de peregrino com a bandeira do Brasil no peito.
Chegamos em Astorga por volta das 15hs e deu tempo para tirarmos fotos da catedral de 1471, que demorou 300 anos para ficar pronta.


Bjos a todos !!!
Pai, mãe e Pri amo vocês.. Estou sentindo muitas saudades !!!

Etapa 20 - León - Villar de Mazarife

Dia 06 de Outubro de 2010.

Acordei hoje as 6:30hs e fui para o refeitório para tomar o cafe que o albergue prepara para os peregrinos,nada de mais, café, leite, pão, manteiga e geleia. Me atrasei para me arrumar e os brasileiros disseram que já estavam de saída, não me preocupei pois eu sempre os alcanço pelo caminho.

Quando estava saíndo do albergue o Andreas, um amigo austríaco que fiz aqui e que estava parado há 2 dias em León por causa de uma dor que o atormentava no pé, perguntou se eu andava devagar e disse se poderia me acompanhar. Eu disse que sim pois estou com uma dor meio chata que vai e vem no tornozelo direito, e sou obrigado a ir bem devagar.

Saímos juntos e na saída de León escolhemos o caminho pela trilha e não pela rodovia, pois já estava meio estressado de acompanhar nestes últimos dias os carros indo e vindo, queria voltar à paz que tinha no começo do caminho.


Hoje foi chuva e frio o tempo inteiro. Fiquei preocupado em estar molhando as coisas dentro da mochila.

Não sei se a trilha estava mal sinalizada no começo ou nos adiantamos quando vimos uma placa onde o caminho se dividia, o negócio que nos perdemos nesta trilha andamos 1:30hs sem ver uma seta ou indicação do caminho, e isto era ruim. Descemos até uma cidadezinha e perguntei a uma Senhora o ponto de onibu, e sem dizer nada ela perguntou:

¨ Você está procurando o caminho de santiago, não é ? Entra naquela rua ali que você encontrará o caminho¨ . Santa Senhora pensei, salvou o dia. Andamos por cerca de 20 minujtos e encontramos a primeira seta e duas peregrinas alemãs, que conheci em Boadilha, vindo em nossa direção.

Sentamos um pouco e descansamos pois já eram 11:30hs, tinhamos andado 4hs, faltavam 8 kms para chegar ao destino e meu tornozelo já estava me incomodando muito.

Ficamos ali por 20 minutos e continuamos a caminhar por uma trilha de pedrinhas e depois se transformando em lama. Lama estaque ficou grudando na sola do sapato e a cada passada peso dos sapatos aumentava e ficava impossível andar.

Cheguei ao albergue e vi que os brasileiros não estavam ali, pois com certeza devem ter escolhido o caminho pela rodovia, que era mais curto e menos cansativo.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Etapa 19 - Mansilla de las Mullas - Leon

Hoje foi bem diferente, pois caminhei a maioria do tempo beirando as rodovias até Leon, respirando muito gãs carbônico e sempre de olho pra ver se algum motorista não dormia no volante, pois seria fatal. Foi um pouco estressante.

Hoje fiz o meu ritmo, como os outros dias, apesar de estar sentindo uma dor que alterna entre a parte dianteira do tornozelo e a do tendão, em ambas as pernas.

Hoje tive a notícia que em Leon estaria tudo fechado pois seria feriado do santo patrono da cidade, e que teria Festa na cidade, mas não sabia qual. Fiquei na expectativa.

O peregrino não tem como festejar a té altas horas pois a maioria dos albergues fecham as portas as 22hs , e se estiver de fora não entra.

Quando cheguei à primeira cidade achei um banco aberto para fazer o cambio, pois já estava sem dinheiro.

Preferi ficar no albergue do Benedictinos, pois os melhores albergues que fiquei foram os paroquiais, por vários motivos: Mais calor humano, mais carinoh pelos hospitaleiros e tem a cara da peregrinação aqui de Santiago.

Chegamos cedo em León, hoje foram só 19 kms, e o tempo estava muito bom, com sol e tempo agradável.

Me instalei no albergue e fomos, nós os brasileiros, a conhecer a catedral de León, que para mim era mais Bonita que de Burgos, pois os Vitrais, que são mais de 150, davam um toque a mais na igreja.

Fizemos o papel de turiristas e conhecemos tudo que podiamos, retornei ao albergue por volta das 15 hs para tomar um banho enquanto que os Brasileiros foram ver a festa que acontecia na cidade.

Quando retornei fui no caminho que else haviam tomado e para minha surpresa descobri que era uma festa medieval. Uaaauuuu!!! Era alucinate, todos vestidos de epoca com barracas que tinham desde churrascos bem ao estilo viking, como ferrerios que vendiam espoadas, comidas bem rústicas e todo tipo de produtos da epoca, foi bem divertido. Andando os Brasileiros me encontraram e me levaram a uma Tenda que vendia chá e dava de presente o copo, como não queria mais peso dei o meu copo.

Ás 18hs fui na missa do patrono da cidade na catedral de Leon e quando retornei â festa estava lotada de gente, como estava de papaete fiquei com medo de algum desastrado pisasse no meu pé e acabasse com o meu caminho, resolvi imediatamente comprar uma comida e retornar ao Albergeu para descansar os pés e me preparar para as seguintes etapas que serão a partir de agora com muitas subidas fortes.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Etapa 18 - Bercianos del Real Camino - Mansillas de Mullas

Fiquei com mde de estar com frio e chuva, mas quando acordei o ceù estava super estrelado, muito bonito, como nunca tinha visto antes na minha vida, com estrelas que nunca vi.

Conheci um alemao hoje que ficou parado 3 dias por causa de uma tendinite no tornozelo das duas pernas. Disse que começou muito forte e chegou até a correr, pois disse que era esportista e que na Alemanha corria até 80 kms por semana. só que aqui é o que eu disse: fazemos o que podemos , nao o que queremos. E ele com certeza aprendeu uma liçao: Humildade e paciencia.

O trajeto de hoje nao teve uma paisagem muito bonita, pois sempre andei com uma sèrie de arvore do lado esquerdo e pista asfaltada a direita.

Quando chegando ao destino conheci um Holandes, de mais ou menos 26 anos, que disse que estava fazendo o caminho para decidir se seria padre ou iria a um monasterio. Aqui quando nçao se tem um objetivo do caminho, o caminho te mostra  te ensina uma liçao. É impressionante. Nao adianta falar, tem que estar aqui para sentir.

Etapa 17 - Terradillo de los Templários - Bercianos del Real Camino

Hoje o tempo virou. O tempo ficou nublado, com muito chuva e frio, muito frio. Ficava até dificil caminhar.

Saí de Terradillo de los Templàrios fazendo muito frio. As  maos congelavam , e aventania aumentava a sensaçao de frio.
Todo dia de manha somos abençoados com um belissimo por do sol, e hoje nao foi diferente. Todas as manhas o Sol nasce e nos ilumina o caminho a ser percorrido, dando a bençao para que o dia seja perfeito.

Caminhamos uns 40 minutos e a chuva começou a incomodar. Mudanças no equipamento feitas, seguimos viagem. A expectativa era chegar cedo em Sahagun. Chegamos por volta das 10 hs, com muita chuva. Entrei num bar e consegui comer a pizza que há muito tempo sonhava em comer, pelo menos uma parecida com o do Pizza Hut. Nao era idêntica mais estava muito boa. Esse foi o meu almoço.

Seguimos viagem, pois tinhamos ainda um bom chão para percorrer. Essa foi a pior parte. O vento com chuva nos acompanhou o tempo todo, fazendo com que o percurso que achei bem chato se tornasse muito cansativo.

Quando chegamos em Bercianos estavamos esgotados. O Nono, o senhor de 80 anos estava exaurido, dava muita pena. Encontramos o albergue que ficava no final da cidade, o que nos fez ter que andar mais um pouco, e não fiquei muito feliz com o aspecto dele.

O Albergue, que é paroquial, é feito de barro, como as casas que existem no nordeste, e a recepção foi bem assustadora pela hospitaleira, pois sua primeira pergunta foi se laguém tinha sido picado pelos Bad Bugs.

Aqui no caminho, pelo que estou vendo está tendo um surto de Carrapatos, e todo o cuidado é pouco. Como andamos no meio do mato o tempo todo, é muito fácil carregarmos um desses bichos conosco para nos picarmos a noite inteira. Teve uama belga que tinha sido picada e teve que pulveirzar toda a roupa e ficar num quarto separado.

De príncipio achei aterrador a recepçao da hospitaleira, mas depois vi que seria para o nosso próprio bem.

Nesses albergues é feito um jantar pelos hospitaleiros para todos os peregrinos. Tudo neste albergue é baseado em donativos, seja a cama, como as comidas, que seriam o jantar e o cafe da manhã.

Foi super divertido o jantar e aproximou á todos dentro do Albergue. Antes de comermos todos se apresentaram, dizendo qual era o seu nome e de onde vieram.

Etapa 16 - Carrión de Los Condes - Terradillo de los Templàrios

O da de hoje foi bem cansativo. O interessante que a cada dia que passa o corpo vai ficando ao mesmo tempo acostumado e saturado. O trajeto de 26,6 kms era par ser bem tanquilo, porém o Sol inverteu toda a minha expectativa deste trajto. Até cheguei a brincar com uns espanhóis que se desse chegaria atá Sahagun, uns 31kms, era o que eu queria , mas aqui nao fazemos o que queremos e sim o que conseguimos.Quando cheguei em Terradillos já estava esgotado.


Cheguei por volta das 15 hs em Terradillos de Los Templàrios, dando tempo para lavar uma roupa e beber uma cerveja, porque sou filho de Deus.



Tive um susto muito grande, pois ventava muito e eu bebendo cerveja do lado do meu netbook, acabou que quem bebeu cerveja foi ele também. Secador daqui , sol de lá.O computador renasceu do porre no dia seguinte. UUFFAAAA....

A noite comi junto com os Brasileiros o menu do peregrino, que para mimjá estou saturado. Um bando de comidas congeladas sem gosto. Prefiro os Bocadillos ( sanduíches).

Amanha combinamos de fazer o jantar juntos

sábado, 2 de outubro de 2010

Etapa 15 - Boadilla del Camino - Carrion de los Condes

Dia 01 de Outubro
Hoje fui andar com os brasileiros que conheci. Foi super legal pois andei e conversei muito com o nono, que me deu alguns ensinamentos da vida.É impressionante a vitalidade deste homem, e vejam que ele começou dos Pirineus como eu. Pra quem reclama e diz que nao tem disposiçao, aí vai uma liçao.
A paisagem das Mesetas é realmente impressionante e faz vc pensar muito sobre tudo.
Conheci uma das tres igrejas templarias do caminho, realmente muito linda.
Nascer do sol saíndo de Boadilla
Quando fui recomeçar o caminho após visitar a igreja vi que meus pés nao estavam bem. Mas consegui chegar bem.

Descobri que nao sou de ferro, e apareceu minha primeira bolha. Amanha nao sei como vou fazer para andar. Marinheiro de primeira viagem é fogo.
Cheguei na metade

Etapa 14 - Hornillos del Camino - Boadilla del Camino

Dia 30 de Setembro
Neste dia andei como um louco e sò parei quando meus pés nao aguentavam mais. Esta meio dificil escrever mas vou fazer com que eu nao pare. Hoje saí bem cedo de Hornillos e tinha o objetivo de chegar até Castrojeriz , total de 19 kms. Mas quando cheguei em Castrojeriz, me deu vontade de andar mais. subi uma pequena serra após esta cidade e quando vi a paisagem continuei a andar até meus pés doerem.
Serra apos Castrojeriz
 Continuei e quando vi no meu guia a cidade de Boadilla del Caminno era a melhor opçao para se ficar a noite. no final das contas andei 40 kms por 10 hs. Nao acreditei que havia feito isso mas valeu a pena , deu para pensar bem.

Conheci mais Brasileiros, 4 o total. Sendo um deles o Nono. Um senhor Gaúcho de 80 anos que esta fazendo sucesso por aqui. a pousada que fiquei é muito boa e conheci um figura chamado dudu, que esta na foto com a do Inter.
Amanha vou até Carrio de Los condes , 26 kms.

Break Day Burgos pela manha e Caminho pela Tarde

Dia 29 de Setembro
Dormi em minha Tia que no dia anterior me levou para conhecer a terra natal de meus Avôs Paternos. Fomos à cidade natal e tirei foto em frente à casa que foi dos meus avôs. Conheci duas Primas de segundo e terceiro graus.
Antiga casa dos meus avôs
A noite, deste mesmo dia, minha Tia fez um autentico jantar espanhol, com tortilha, jamon, Pimientos assados e Vinho. Queriam porque queriam que eu comesse o famoso cordeiro da cidade onde vivem , porèm a greve geral que teve na Espanha nao os deixou que eu o experimentasse.
A Tarde me deixaram novamente em Burgos para que eu continuasse o Caminho. Recomecei as 15hs da tarde chegando em Hornillos del Camino por volta das 18 hs.
Cheguei acabado mas feliz de poder continuar o meu caminho, já estava angustiado.
Caminho solitàrio

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Break Day em Burgos

Foi uma decisao bem dificil mais pensei bem e resolvi tirar um dia de break em Burgos, por vários motivos: Nunca pensei em andar 329 kms direto assim, meus musculos estao pedindo um descanso, outro motivo é que quero visitar minha Tia Juanita, irmã do meu Pai, que faz mais ou menos 25 anos que não a vejo e por último, apesar de ter sido muito dificil, quis me separar um pouco da ´´ Galera´´ para fazer o meu caminho. Amei todos, e todos ficaram bastante tristes em saber que eu iria parar e me separar deles. Como é bom saber que você é amado e que faz falta para alguém, apesar de eu saber que no Brasil existem pessoas que sentem a minha falta também. E outra, parece que o caminho tava virando uma competição, Tinha que acordar cedo pra correr até a próxima cidade e ser um dos primeiros para pegar um  albergue. Peraí!!!?? Não vim aqui pra isso!! O Estresse deixei no Brasil!!
Resolvi comprar um Netbook que paguei 260 Euros ( 572 Reais ), bem barato pro que temos aí. Uma coisa que não falei é sobre preços por aqui. Estou achando tudo muito em conta. Pra quem quiser vir fazer o caminho, tente comprar os equipamentos por aqui pois a diferença é absurda. Uma mochila na Decatlhon ( uma loja que tem em São Paulo ) daqui da Espanha, de 50 litros custa 79 Euros , um pouco mais de 150 Reais , quando no brasil nao encontra por menos de 500 Reais.
Amanhã entrarei numa região chamada Mesetas, mais ou menos 5 etapas até Leon, onde não há praticamente nada. Esta parte do caminho, segundo Nzário, um Espanhol que conheci aqui, é preferível fazer "solo" para pensar e por as coisas em ordem. O caminho num modo geral passa por vastas planicies com plantaçoes de trigo e nada em volta, um ótimo lugar para por a cabeça no lugar. Tentarei fazer 40 kms até Hontanas.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Etapa 12 - Atapuerca - Burgos

Hoje saí com os Italianos pela manha para o começo de caminhada, para a nossa surpresa devia estar uns 0 graus, toda a grama do albergue estava congelada.
vimos o coreano voltando, pois disse te espirrado e a sua coluna deu mal jeito. É aqui qualquer coisinha podemos tirar um dia de break.


Hoje o caminho foi muito tranquilo, e muito estranho também pois em Amtuerpa vi um circulo, que para mim sao dos amantes dos Ovnis, ou coisa assim, nao sei. Valeu pelo visual.
Quando pensamos que haviamos chegado em Burgos , fizemos outra etapa: A entrada de Burgos. Por várias fabricas e industrias. Chegamnos cedo e consegui tirar boas fotos dacatedral de Burgos e visitar o seu Museu. simplesmente maravilhoso.

Etapa 11 - Belorado - Atapuerca

Dia 26/09
Nao consegui dormir a noite. A noite de ontem foi perturbadora pra mim. Acordei por volta das 4:30 hs e fui pro caminho as 5:45hs. De tao escuro errei o caminho, andando por volta de 30 minutos pelo caminho errado. Percebi que nao via mais as setas no caminho e resolvi voltar, pois em algum lugar eu havia errado. Batata. Errei numa indicacao em cima da outra e retornei ao caminho as 6hs. Quando eram 9hs ja estava a 10 kms do meu destino que seria num total de 23,7 kms. Andei sozinho pra refletir sobre ontem, nao vendo ninguem na trilha, só eu e o mundo.

E que mundo maravilhoso que vi hoje!! A paisagem de hoje se transformou. Passei por uma floresta de pinheiros muito linda e ate dois Veados vi cruzando a trilha.

Foi um baita remedio para a minha alma, saber que Deus estava aqui comigo me aconselhando no que tenho que mudar. Andando na trilha passou a canadense Emily, que parece que veio aqui para disputar uma corrida, a apelidando de Bip-Bip. Cheguei em San Juan de la Ortega e nao gostei muito do que vi.

Uma cidade sem nada so com um bar e o albergue. Como eram 12 hs teriamos que esperar ate as 14 horas para abrir o albergue e vi que seriamos refem do bar por todo o dia.

Chegaram em seguida o Andy ( austriaco) e as duas finlandesas e mais 2 italianos. Disseram que continuariam ate Atapuerca, um lugar com alguns restaurantes, bares e um sitio arqueologico onde foi encontrado o homem mais antigo da Europa, datado de 800.000 anos. Fomos todos juntos e nao me arrependi. Encontrei Kim(Coreano) e Marco( Filipino) .
Galera voltando da exposiçao do homem mais antigo da europa

Etapa 10 - Sao Domingo de la Calzada - Belorado




Hoje o trajeto de 21,7 kms foi basicamente colado em uma rodovia Nacional aqui da Espana., No comeco ate comecou pelos campos de trigo com uma paisagem com aspecto arido, mas muito bonito Infelizmente depois a paisagem passou para caminhoes e carros rodando para cima e para baixopela rodovia que a trilha margeava. No Guia dizia“Dias melhores Virao!!“ 

Com cetreza tem que vir, para todos nos, e para mim principalmete aqui. Estou tendo algumas pertubacoes com os Franceses por aqui, e vejo que nao e so comigo, e sim com todos: Japoneses, Italianos e Espanhois. Eles sao INSUPORTAVEIS!! Primeiro que nao se misturam. Entao, penso eu, pra que fazer este caminho se nao conhecem outras pessoas, outras realidades. Segundo, sao os reis da cocada preta, nao se esforcam em nada para se comunicar, so falam Frances e olhe la, e te olham torto quendo pergunta-se se falam Ingles. Terceiro,.. nossa #e melhor eu para por aqui, pois vou eleger varios pontos que deveriam melhorar. Infelizmente hoje tive uma surprrsa desagradabilissima pois quando chegamos em Belorado, resolvemos ficar em um albergue paroquial que tinham 20 camas no toal, fomos um dos primeiroa a chegar. #e de prache quando chegamos nos albergues , conhecer os peregrinos eus estao com a gente e se quizerem nos juntarmos para jantar, poruqe al#em de ser muito bom a reuniao de todos sai tambem muito barato para cada um , por volta de 4 Euros ( 9 Reais) Fiquei o tempo todo deitado descansando da caminhada , que sempre quando chego meus p#es precisam de um tempo para voltarem ao normal. Quando acordei notei que o albergue ja estava cheio e como ninguem havia nos contactado para o jantar , resolvemos comprar alguma coisa para fazer. 
Jantar no albergue paroquial
Para nossa surpresa o albergue estava com a maioria de Franceses, e estavam preparando um jantar para 14 pessoas, ou seja apenas nos nao haviamos sido convidados. Fiquei chateado pois este nao e o espirito peregrino, e onde se faz comida para 14 incluem mais 6 .E nao foi so isso , sempre estou indo nas missas das cidades que durmo e todas sao as 20hs. Pedi para que liberassem o ogao para que eu pudesse ir na missa e nao deram a minima, terminaram exatamante as 20 hs, foram na missa e banana para nos 6. Quando a Pia ( A freira ) voltou da missa me viu e percebeu de pronto que eu estava muito p da vida. Me perguntando o motivo lhe expliquei prontamente. Chegou a me pedir desculpas pois havia participado do jantar com os Franceses e pensara que eles haviam nos convidado.Lhe expliquei tambem que queira muito ter assistido a missa e prontamente me passou toda a missa,e uma das coisas que me passou passo para voces: Os tres motivos para se fazer o caminho de Santiago
A primeira seria dar gracas a Deus por todos os bons momentos da nossa vida, assim com agradecer por poder viver esta realidade humana do Caminho de santiago.
A segunda e que cada um de nos temos um ou mais motivos para fazer o caminho. Pode ser uma promessa , dar gracas, buscar uma resposta, isso o Deus sabeCada um sabe o porque esta caminhando para Santiago.
E o terceiro, e que o caminho de santiago tambem se chama caminho das estrelas, umas vezes as estrelas estao escondidas no universo. E outras brilham muito durante um tempo e e logo se apagam. Mas a estrela autentica segue sempre dando luz. Nos tambem somos as estrelas do caminho e continuamos dando luz ao mundo a nossa volta passando para todos a mensagem de Santiago.

Me emocionei bastante quando li e percebi que o que estava sentindo em relacao aos Franceses, senti muitas vezes na minha vida . A vontade de querer mudar o mundo. Se pudessem ter um poco do bom senso que gostaria de que tivessem, eu ficaria um pouco mais feliz. Mais isso nao acontecera unca, so se eu ME mudar.
Hoje foi um dia de licoes. Aqui no caminho experimentamos, como na nossa vida diaria sensacoes mais intensas e percebemos que aqui faz parte da nossa vida, que levaremos daqui experiencias que nao serao esquecidas.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Etapa 9 - Najera - Santo domingo de la Calzada

Hoje a noite fui a mais uma missa na cidade, hoje em Najera. Nao achei a igreja tao bonita como vi ontem e anteontem, mas missa é missa, independente de onde seja, sempre traz uma paz no coraçao e na alma.
Hoje me surpreendi mais uma vez com os albergues, o de Nájera é EXCELENTE. e trabalha com donativos! Se um peregrino cara de pau quiser usufruir de uma boa noite de sono e nao pagar nada ,ninguem irá reclamar. Eu como nao sou um desses deixei meu donativo.

A trilha de hoje seria muito tranquila, com 20,7 kms, tempo nublado sem chuvas,sem descidas ou subidas. 
E realmente foi. 
Nao senti mais as minhas panturrilhas doerem e consegui andar bem e num ritmo bom. Infelizmente nao tinham boas cidades no caminho para visitar ou tirar fotos, apenas uma bonita paisagem ao redor com muitas parreiras repletas de uvas. Esqueci de dizer desde ontem entrei na regiao de La Rioja, famosa pelos seus excelentes vinhos, assim sendo cheias de parreiras com bonitas uvas.

Andei a maior pate do tempo sozinho, digo, 90 %, pois sempre encontramos pessoas pelo caminho e impossivel nao falar ou até mesmo acompanhar nem que seja por um instante.
Só o caminho na frente
Vi que uma das finlandesas que estava parada há tres dias por causa do joelho estava a minha frente bem devagar e  a acompanhei por um pouquinho, perguntei se estava bem e disse que sim, papepamos por mais um pouco e nos separamos pois ela queria para para comer.

Cheguei muito cedo em Santo Domingo de la Calzada e amanha posto fotos do albergue do caminho. Agora sao as 16hs e as 20hs terá uma missa na igreja, onde possuem uma lenda do galo que cantou mesmo após morto.







Etapa 8 - Logroño - Najera

Comecei mais uma vez muito cedo, äs 5:30hs , pois hoje seria um bom trecho de caminhada, 27 kms no total. dormi super bem e acordei sem dores musculares.Comecei bem o caminho mas no final minha perna começou a latejar muito.
Passei por uma linda cidade chamada Navarrete, onde entrei na Igreja e tirei lindas fotos.

Paramos na praça e comemos uns bocadilhos. Depois de 2 hs de caminhada , já nao agurentava mais. Chegeuei em Ventosa
e parei para tirar as botas e comer um pouco. Para mim era fim de etapa, pois ainda faltavam 12 kms e eu já estava um pó. Encontrei um casal de austriacos, e a mulher disse que ficaria nesta cidade pois nao aguentava mais andar, embarquei junto com ela e fomos ao albergue. Para nossa surpresa só abririam as 14:00hs e eram apenas 12:30hs.
Olhamos um para o outro e decidimos ... vamos continuar.
Papo vai, papo vem e descobri que havia morado 4 anos no Maranhao, fazia um trabalho voluntario lá por sua congregaçao.
Chegando em Najera
Contei o porque estava ali, e nunca vi até agora, uma pessoa que havia se envolvido tanto com a minha história como ela. Ela era uma freira, que havia sido retirada de sua congreagaçao pois segundo as suas superiores, era muito critica. Estava muito triste pois havia se preparado a vida toda para ser uma freira, e por obra de Deus fez com que o seu caminho fosse mudado completamente. Chegamos a conclusao que Deus faz os nossos caminhos nao do jeito que desejamos e sim do jeito que deve ser, para que experimentemos coisas novas e possamos mudar seja o nosso Eu ou até mesmo o nosso futuro. Fiquei muito feliz com a conversa, e quando vimos já haviamos chegado a Najera.
Vimos um Poema muito bonito sobre o caminho, escrito num muro que quero dividir com voces :

Pó, Barro, Sol e Chuva
É o caminho de Santiago
Milhares de peregrinos
E mais de um milhao de anos

Peregrino? Quem te chama?
Que força oculta te atrae?
Nao é o campo das estrelas
e nem das catedrais

Nao é a bravura Navarra
Nem os vinhos de Rioja
Nem os mariscos Galegos
Nem os campos castellanos

Peregrino? Quem te chama?
Que força oculta te atrae?
Nem as pessoas do caminho
Nem os costumes Rurais

Nao é a historia e cultura
Nem o galo da Calzada
Nem o palacio de Gauldi
Nem o castelo de Ponferrada

Tudo vejo ao passar 
É um prazer ver tudo
Mas a voz que me chama
A sinto muito mais fundo

A força que me empurra,
A força que me atrai
Nao sei explicar-la, nem eu!
Só o lá de cima sabe!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Etapa 7 - Los Arcos - Logroño

Saí hoje as 6 horas para realizar mais uma etapa, hoje se conseguir completar os 28 kms até Logroño, ótimo, senao ficarei em Vianna e fico por satisfeito.
Dormi bem mas me colocaram num quarto muito apertado onde tudo me incomodou : A luz que vinha da Rua, os Roncos, o colchao, etc...
Até agora os albergues tem me impressionado pela limpeza e organizaçao.Todos muito bem estruturados e com lavadoras que fazem o serviço sujo por 3 Euros, coisa que nunca faço sozinho pois juntamos uns 3 e lavamos a roupa toda por 2 Reais aí do Brasil..muito baratinho...
A chegada a Vianna foi um pouco complicada, cheguei ás 11:00hs, o trajeto com muitas descidinhas e subidas, necessitou forçar bastante as pernas e numa destas tive um repuxe em minha panturrilha esquerda. Parei imediatamente e fiz massagens com Radio Salil, um medicamneto muito potente que vendem por aqui que dá conta o recado nessas horas. Quando cheguei em Vianna encontrei os meus companheiros num bar tomando um cafe e resolvi para tembém e tomar o meu com o pao e queijo que estava levando. Conheci uma finlandesa muito simpática que disse que estava sozinha pois sua amiga teve um problema no joelho e foi de táxi a té Logroño. Fomo juntos até Logroño  e pratiquei bastante o meu Ingles.
Quando cheguei no albergue fiz uma massagem com uma massagista deportiva que tem aqui e resolve o problema de todos os doídos do caminho. Disse que minha perna estava muito contraída e a relaxou ao máximo... me sinto novo em folha.
Hoje é festa de Sao Mateus em Logroño, e todos resolveram ir para a festa. Sempre me disseram para fazer o meu caminho, e com certeza esse nao é o meu, nao estou aqui para festas. Amanha tem mais caminhada dura. Srá que nao sabem disso? Ainda faltam 610 kms e com certeza daqui para agora farei o MEU caminho. Amanha é outro dia.
Grande abraço!

Etapa 6 - Estella - Los Arcos

À noite em Estella , nós brasileiros ficamos de fazer uma comida "brasileira" e resolvemos fazer um bife acebolado com arroz. Nada de mais. Foi super divertido e todos do albergue passaram para dar uma olhada na "zona". Nesse hora, apesar das brincadeiras, todos se identificam, repartem e esquecem as dores de fazer o caminho.
Comecei cedo e a primeira atraçao do dia estava por conta da fonte de vinho de Irache, uma bodega aqui da Regiao. como sempre divertido, mas o vinha nao era muito lá dessas coisas e a hora também , pois beber vinho ás 7:00hs da manha nao dá!!! Um gole pelo menos vai...

Me enganei na postagem anterior...o albergue de Los Arcos estava aberto e para chegar até lá experimentei um pouco do que serao as Mesetas (Verao daqui a alguns dias)... Caminhei por 12 kms com a paisagem como a minha companheira só com uma garrafa de agua e com o sol a pino, por volta dos 30 graus, acho eu. Estava muito calor. Quando cheguei numa parte deste trecho, onde era o único lugar que tinha sombra, resolvi para para comer a provisao que havia levado, encontrando alí os Brasileiros e o Colombiano.
Até a siesta eu fiz...


Agoa posso dizer que estou fazendo o meu caminho... no começo é até legal andar acompanhado .. mas quando precisa refletir e meditar fica dificil.. e hoje durante estes 12 kms pensei muito na minha vida e no que passei no dia a dia. Pensei muito no Gabriel, que está me ajudando muito por aqui a pensar...
No final do dia em Los Arcos, posso dizer que conheci a igreja mais bonita até agora na minha vida... a de Los Arcos que perdoem-me nao tenho o nome agora. Assisti uma missa e me emocionei muito. Recebmeos nós peregrinos a bençao do peregrino do Padre Miguel. Pedi a Deus eu ilumine a todos que conheço e traga muita paz e muita fé no dia de amanha.


Grande abraço

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Etapa 5 - Puente de la Reina - Estella

Olá amigos, aqui escreve um projeto de peregrino , com os pés doloridíssimos e intocaveis e com as pernas idem!!! Digo projeto de peregrino pois só andei 5 dias e já vejo que o negócio aqui é muito dificil, e poe dificil nisso.
Ontem cheguei no albergue de Puentre de La Reina, a dos Padres Reparadores e como todos os dias segui o ritual: Tomar banho ( Eu mereço), lavar as roupas, dar uma volta na cidade para conhecer, comer e dormir.Fui para conhecer a Igreja de Santiago, e fiquei pasmo com tanta pomposidade. O altar todo de Ouro e muito alto chama a atençao!!
Altar da igreja de Santiago
 Fui conhecer também a puente de la Reina, pois passariamos á noite por ela e nao teria como admira-la. a Sensaçao que tenho aqui no caminho é que voltei a época Medieval. O tempo demora a passar!!
  Os italianos nos convidaram para comer a tal pasta da Mama e foi muito engraçado, pois no albergue tinham 5 italianos de diferentes partes da Itália e nós 3 Brasileiros e 1 Colombiano. Foi uma Farra !! Uma macarronada regada com algumas taças de vinho e pao.

Os italianos na preparaçao da macarronada

Manjare!!!!

Ao amanhecer, começamos a nossa etapa, que aparentemente seria fácil, 19,5 kms sem subidas nem descidas, mas a somatizaçao de todas as dores e de todos os kms andados nas outras etapas fazem com que nao haja dificuldade diferente da dificil. De todas as cidades que passei, a que me chamou mais a atençao foi Cirauqui, com suas igrejas do seculo XIII onde mostram um passado com muito resplendor: Visitei, somente por fora a igreja de San Román.O seu portal Romanico é impressionante.

Igreja San Román
E além das igrejas a calçada romana. Fiquei refletindo que pisei onde o exército Romano passou...é dificil nao se sentir naquela época..
Calçada Romana
Chegamos em Lorca, por volta das 11:30hs e resolvi tirar as botas para fazer uma vaso constricçao nos meus  pés, pois estava caminhando desde as 07:30 hs. Que maravilha!!!!
Adicionar legenda
Cheguei em Estella ás 13:30hs ...esgootaadoooo!!! Hj quero só comer e cama!!! 
Amanha será um pouco comlicado pois a cidade que pararíamos, Los Arcos, está com o albergue fechado, assim sendo ou sigo mais adiante para a próxima cidade (Total 27 kms) ou paro aos 11 kms em Villamayor de Monjardin. Verei o que faço. Garnde abraço a todos.. Saudades do arroz com Feijao!!