domingo, 17 de outubro de 2010

Etapa 27 - hospital de la cruz - Melide

A noite foi para mim a melhor e mais bem dormida de todo o caminho. O colchão era excelente e a calefação me fez lembrar do calor do Rio.


A temperatura pela manhã devia estar perto dos 5 graus, com certeza, e foi bem dificil começar a andar. Até se esquentar demorou um tempinho.


Hoje ás 10 hs a nevoa já tinha se dissipado e o tempo estava totalmente sem nuvens e com um sol lindo. Toda a trilha trancorreu paralelo a uma estrada de asfalto.

E tive alguns insights do caminho. Aqui é um intensivo da vida e nos ensina a fazermos o que podemos, sempre respeitando os nossos limites e a nossa capacidade. Infelizmente nem sempre o que planejamos. Pedras, tempo ruim, pessoas que não nos dão valor, isso tudo tem aqui também, mas temos a necessidade de sermos confiantes no dia que começará, pois os kms precisarão ser vencidos, sejam mais ou menos, mas alguns terão que ser deixados para trás.

Parei as 12:40 hs para comer numa praça de Palas del Rei, reabasteci as forças e segui em frente para Melide que estava a mais de 15 kms de distancia dali. Hoje toda a etapa fiz com o Daniel, e foi bom porque conversamos o tempo todo e a quilometragem passou rápida.

Chegamos em Melide ás 17hs e para nossa surpresa o albergue, de 130 camas, estava lotado. Descobrimos depois que uma ala estava interditada e todos creem que deveria estar infestada de chinches.

A solução foi procurar outro lugar para dormir e nessas horas a cidade dá um jeito para os peregrinos. Dormi numa espécia de galpão polideportivo, com uma ala de beliches, banheiro, cozinha, etc... Acho que deve servir para casos extremos para a população. Foi tranquilo, tanto pelo lugar, muito limpo com uma ducha bem quente e também pelo preço: 3 Euros. Nada mal.

Conheci dois casais de espanhóis, que pelas brincadeiras sacanas. parecem brasileiros. Eles me recomendaram comer o Pulpo Galego (Polvo) aqui em Melide, na casa Ezequiel, uma das melhores pulperias daqui. Estava delicioso e de prache todos os peregrinos estavam lá para experimentar o tal pulpo.

Um comentário:

  1. O tal do pulpo pode até ser bom, mas ao olhar o bicho morto com todos aqueles tentáculos, não tive coragem de comer. Depois vc conta como foi. Quanto às vivências que o Caminho nos permite, é isso mesmo que vc está fazendo: sentir, pensar e curtir de todas as maneiras. Vamos lá peregrino, que vc está chegando lá. As dores são muitas, mas a recompensa será muito melhor!!! Buen Camino!!!!

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