sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Etapa 8 - Logroño - Najera

Comecei mais uma vez muito cedo, äs 5:30hs , pois hoje seria um bom trecho de caminhada, 27 kms no total. dormi super bem e acordei sem dores musculares.Comecei bem o caminho mas no final minha perna começou a latejar muito.
Passei por uma linda cidade chamada Navarrete, onde entrei na Igreja e tirei lindas fotos.

Paramos na praça e comemos uns bocadilhos. Depois de 2 hs de caminhada , já nao agurentava mais. Chegeuei em Ventosa
e parei para tirar as botas e comer um pouco. Para mim era fim de etapa, pois ainda faltavam 12 kms e eu já estava um pó. Encontrei um casal de austriacos, e a mulher disse que ficaria nesta cidade pois nao aguentava mais andar, embarquei junto com ela e fomos ao albergue. Para nossa surpresa só abririam as 14:00hs e eram apenas 12:30hs.
Olhamos um para o outro e decidimos ... vamos continuar.
Papo vai, papo vem e descobri que havia morado 4 anos no Maranhao, fazia um trabalho voluntario lá por sua congregaçao.
Chegando em Najera
Contei o porque estava ali, e nunca vi até agora, uma pessoa que havia se envolvido tanto com a minha história como ela. Ela era uma freira, que havia sido retirada de sua congreagaçao pois segundo as suas superiores, era muito critica. Estava muito triste pois havia se preparado a vida toda para ser uma freira, e por obra de Deus fez com que o seu caminho fosse mudado completamente. Chegamos a conclusao que Deus faz os nossos caminhos nao do jeito que desejamos e sim do jeito que deve ser, para que experimentemos coisas novas e possamos mudar seja o nosso Eu ou até mesmo o nosso futuro. Fiquei muito feliz com a conversa, e quando vimos já haviamos chegado a Najera.
Vimos um Poema muito bonito sobre o caminho, escrito num muro que quero dividir com voces :

Pó, Barro, Sol e Chuva
É o caminho de Santiago
Milhares de peregrinos
E mais de um milhao de anos

Peregrino? Quem te chama?
Que força oculta te atrae?
Nao é o campo das estrelas
e nem das catedrais

Nao é a bravura Navarra
Nem os vinhos de Rioja
Nem os mariscos Galegos
Nem os campos castellanos

Peregrino? Quem te chama?
Que força oculta te atrae?
Nem as pessoas do caminho
Nem os costumes Rurais

Nao é a historia e cultura
Nem o galo da Calzada
Nem o palacio de Gauldi
Nem o castelo de Ponferrada

Tudo vejo ao passar 
É um prazer ver tudo
Mas a voz que me chama
A sinto muito mais fundo

A força que me empurra,
A força que me atrai
Nao sei explicar-la, nem eu!
Só o lá de cima sabe!

2 comentários:

  1. A história do galo.. depois vale contar... só uma deixazinha: O dono do galo foi culpado por uma morte.. e ele disse que era inocente ... essa história deixo pra vc contar na sua volta... estou adorando suas postagens!!!!! beijos fique com deus!

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  2. Oi primo, estou te seguindo por aqui. Muito legal... estou encantada com os detalhes que vc está colocando!!! Concordo com a sua conclusão: "Chegamos a conclusao que Deus faz os nossos caminhos nao do jeito que desejamos e sim do jeito que deve ser, para que experimentemos coisas novas e possamos mudar seja o nosso Eu ou até mesmo o nosso futuro."
    Esse momento de reflexão que está vivenciando é único!!!

    Beijos, beijos...

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